Sistema Online de Conferências - IFMG Campus Bambuí, XIII Jornada Científica

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ATUAÇÃO DO MÉDICO VETERINÁRIO: O USO DE ANESTÉSICOS E ANALGÉSICOS E O BEM-ESTAR ANIMAL
Maria Eduarda Silva Teixeira, Joana Zafalon Ferreira

Última alteração: 2021-10-15

Resumo


Por diversas causas procedimentos cirúrgicos são necessários em animais de produção, trabalho e companhia e uma conduta adequada dos médicos veterinários na utilização de protocolos de anestesia e analgesia que minimizem ou controlem a dor é essencial. Saber diagnosticar e controlar a dor é de extrema importância para garantir o bem-estar animal e a população demonstra a cada dia mais interesse no tema, porém alguns profissionais ainda possuem dificuldade para reconhecer e tratar a dor. Objetivou-se com este estudo analisar a conduta anestésica e analgésica dos médicos veterinários que atuam na microrregião de Piumhi, Minas Gerais, com animais de diferentes espécies, bem como o nível conhecimento sobre o bem-estar animal. Foi disponibilizado para os médicos veterinários que atuam na região definida um formulário através do google forms, abordando a formação do profissional, sua atuação com relação a anestesia e analgesia frente a espécie que exerce a profissão, seus conhecimentos quanto ao bem-estar animal e seu interesse em participar de eventos de educação continuada sobre a temática proposta. Os dados obtidos foram submetidos a análise descritiva e de frequência. Associações de interesse foram realizadas pelo teste exato de Fischer com nível de significância de 5% por meio do programa online Social Sciences Statistics. Foram obtidas 28 respostas, sendo 71,4% dos participantes do gênero masculino. Quanto a área de atuação apenas uma pessoa do gênero feminino atua com animais de produção e nenhuma do gênero masculino atua exclusivamente com animais de companhia. Contatou-se que todos os profissionais utilizam alguma técnica de bloqueio loco-regional com lidocaína, associado à contenção física ou a algum medicamento que altere a consciência dos animais, como a xilazina (sedação), a acepromazina (tranquilização) e a cetamina (anestesia dissociativa). Uma parcela dos profissionais (21,4%) alega que os animais não sentem dor, porém todos afirmaram reconhecer a dor dos animais. Os medicamentos mais citados para controle da dor foram os anti-inflamatórios não esteroidais dipirona e meloxicam e o analgésico tramadol. Os profissionais afirmaram ter conhecimento e preocupar-se com o bem-estar animal, mas apenas 32,1% já ouviu falar sobre o termo “As cinco liberdades” independente do tempo de formação (p>0,05). A maioria dos profissionais (75%), tem interesse nas capacitações que englobam as áreas abordadas pelo estudo independente do gênero (p>0,05), do tempo de formado (p>0,05) e de possuir pós-graduação (p>0,05). Conclui-se que a maior parte dos profissionais atua de forma adequada com relação a anestesia, analgesia e bem-estar animal, porém, pelas limitações apresentadas, capacitações são imprescindíveis para garantir um melhor atendimento aos animais.

Palavras-chave: Anestesia e analgesia, conforto do paciente, dor.