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UTILIZAÇÃO DE FERMENTADO DE MANDIOCA COM VINHAÇA NA ALIMENTAÇÃO DE SUÍNOS NA FASE DE CRECHE.
Última alteração: 2021-10-20
Resumo
Na suinocultura a saída dos leitões da maternidade para a creche representa uma situação de estresse e um reduzido consumo de alimento nos primeiros dias. Este quadro de estresse e baixo consumo de alimento ocasiona o atraso no ganho de peso e comprometimento da saúde intestinal dos animais. A creche apresenta gastos na produção, principalmente, a nutrição, pois as dietas para essa fase são desenvolvidas com inclusões de alimentos de alta digestibilidade e palatabilidade como, por exemplo, os produtos lácteos, que irão suprir a falta do leite materno, e os aditivos, como palatabilizantes ou flavorizantes, que têm o papel de deixar essa ração mais atrativa estimulando o consumo dos leitões. Desta forma, torna - se importante a pesquisa de alimentos alternativos ou aditivos nutricionais que suplementam a dieta de suínos na fase de creche. Estes devem possibilitar uma boa conversão alimentar, bom ganho de peso, aumento do consumo por parte dos animais e com custo menor em relação às dietas convencionais. Na tentativa de melhorar o desempenho do leitão após o desmame, pesquisas com produtos oriundos da fermentação de determinados alimentos, podendo estes serem resíduos da indústria ou alimentos de baixo custo está sendo realizadas com objetivo na elaboração de produtos de melhor qualidade. Objetivou-se com o projeto analisar a inclusão do fermentado da mandioca e vinhaça na ração de suínos na fase da creche (45 – 70 dias de vida). A fase experimental foi realizada no setor de Suinocultura do Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Bambuí. O experimento contou com 9 animais da linhagem Agroceres, com 45 dias de idade, peso médio de 10,0 kg. Foram realizados três tratamentos com três animais, em um delineamento experimental inteiramente casualizado. O primeiro tratamento (T1) constituiu o controle que foi fornecido uma dieta a base de milho e farelo de soja formulada de acordo com as exigências nutricionais desta fase, sem adição do alimento a ser testado; o segundo (T2) e o terceiro tratamento (T3) utilizou- se do método da substituição onde o alimento teste, substituiu em 25% da ração controle e o terceiro tratamento (T3) substituiu em 50% da ração controle. Os animais foram mantidos em baias suspensas onde receberam o manejo diário do setor. O arraçoamento dos leitões foi realizado duas vezes ao dia, em comedouros tipo cocho dispostos ao longo das baias. A água foi fornecida à vontade em bebedouros tipo chupeta. Os parâmetros zootécnicos analisados foram: consumo de ração, ganho de peso diário e conversão alimentar. As médias foram tabuladas no programa estatístico R, comparadas pelo teste F a 5% de probabilidade sobre os níveis quantitativos da inclusão do fermentado na dieta. Não houve diferença significativa para as variáveis avaliadas. A utilização do fermentado de mandioca e vinhaça equipara-se ao emprego da dieta de alimentos convencionais, sendo uma alternativa viável para reduzir os custos com a alimentação animal. Na avaliação do escore fecal, o percentual de fezes normais foi significativamente maior em todo o experimento e para todos os tratamentos.