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O desmame é considerado um período crítico para os animais devido ao estresse gerado nos leitões pelo ato de separação de suas mães. Diante disso, a vulnerabilidade aos problemas ambientais, fisiológicos e nutricionais se torna ainda maior. Portanto, os alimentos utilizados nessa fase devem ser digestíveis, palatáveis e de custo acessível nesses primeiros dias. O consumo de ração é pequeno, somado à imaturidade anátomo-fisiológica do trato gastrointestinal provoca um menor ganho de peso, pode comprometer a saúde intestinal dos animais com o aparecimento de bactérias patogênicas no trato gastrintestinal dos leitões, acarretando diarreias que podem influenciar negativamente o seu desenvolvimento, como também aumentar a taxa de mortalidade. Dessa maneira, é necessário buscar alimentos ou aditivos nutricionais que complementem a dieta dos suínos na fase de creche, a fim de alcançar melhor conversão alimentar, maior ganho de peso e o aumento do consumo por animal sem afetar os custos, uma vez que são altos na produção. Como boa alternativa, pode-se citar a utilização de alguns fermentados oriundos de alimentos de baixo custo, digestíveis e palatáveis. Com isso o objetivo do projeto foi avaliar a inclusão do fermentado de batata-doce e vinhaça na ração de suínos na fase de creche. A pesquisa foi realizada no setor de Suinocultura do Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Bambuí. O experimento contou com 27 animais da linhagem Agroceres, com 45 dias de idade, pesando em média 12 kg. Foram utilizados três tratamentos e três repetições com três animais cada, em um delineamento experimental inteiramente casualizado. No tratamento controle (T1) foi utilizada uma ração referência formulada de acordo com a usada pela instituição e conforme as exigências nutricionais dessa fase, sem adição do fermentado de batata doce e vinhaça; o segundo tratamento (T2) utilizou-se o método de substituição em que o alimento teste, fermentado de batata-doce e vinhaça, substituiu 25% da ração controle; e o terceiro tratamento (T3) utilizou o alimento teste, substituindo 50% do total da ração. O experimento foi realizado em 25 dias. Os animais foram mantidos em baias suspensas e receberam o manejo rotineiro do setor. A alimentação dos leitões foi realizada duas vezes ao dia em comedouros tipo cocho dispostos ao longo das baias. A água fornecida ficou à disposição em bebedouros tipo chupeta. Os parâmetros de desempenho zootécnico avaliados foram: consumo de ração, ganho de peso diário, conversão alimentar. O escore fecal foi avaliado para análise da ocorrência de diarreia. O fermentado de batata-doce e vinhaça foi palatável para os animais. Os resultados do desempenho foram satisfatórios, contudo, o tratamento com a inclusão de 50% foi inferior quando comparado ao dos animais do controle. O fermentado de batata-doce e vinhaça pode ser um alimento alternativo na alimentação de leitões, porém ainda é necessária a realização de mais estudos na área para estabelecer os níveis de inclusão exatos na fase inicial, buscando a otimização dos custos e da performance animal.