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Informações detalhadas da estrutura hipsométrica vegetal permitem maior precisão e assertividade no planejamento do manejo florestal. É comum representar grandes conjuntos de dados por meio de medidas generalistas de posição e dispersão, negligenciando informações relacionadas à respectiva distribuição. O ajuste de modelos de distribuição biométrica possibilita a estimação do número de fustes dentro de intervalos ou classes de tamanho. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de diferentes funções densidade de probabilidade para modelar a distribuição hipsométrica da família Fabaceae no entorno de nascentes. O inventário florestal foi realizado na vegetação ciliar de duas nascentes pontuais na bacia do rio São Nicolau, ambas localizadas em área de domínio de Mata Atlântica no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais - campus São João Evangelista-MG. A amostragem foi conduzida em 10 parcelas retangulares de 300 m2 (10 × 30 m), sendo distribuídas 5 unidades para cada nascente. A altura de todos os fustes pertencentes à família Fabaceae foram enumerados e tiveram a altura (m) mensurada com auxílio de vara telescópica. Os dados foram agrupados em classes de tamanho regulares de 2 m de altura. As funções testadas para a modelagem da distribuição hipsométrica foram: Weibull de 2 parâmetros (Weibull 2P); Logística de dois parâmetros (Logística 2P) e Cauchy. Todas as funções foram ajustadas pelo método da máxima verossimilhança, empregando o algoritmo de otimização de Nelder e Mead. A qualidade dos ajustes foi avaliada de acordo com os valores da Raiz Quadrada do Erro Médio (RQEM), coeficiente de correlação de Pearson (r) e critério de informação de Akaike (Akaike Information Criterion, AIC). Menores valores de RQEM e AIC implicam em maior qualidade preditiva. A aderência das funções aos dados foi avaliada pelo teste de KolmogorovSmirnov. Todas as análises estatísticas foram efetuadas com auxílio do software R (versão 4.1.0), ao nível de significância de 5% de probabilidade. A amostragem contemplou 176 fustes. Os valores dos parâmetros foram de: forma (γ) = 2,674952 e escala (β) = 7,805795 (RQEM = 0,0843, r = 0,9338* e AIC = 864,7695) para Weibull 2P; locação (α) = 6,918355 e β = 1,696083 (RQEM = 0,0879, r = 0,8743* e AIC = 1910,4769) para Logística 2P e; locação (α) = 6,920324 e β = 2,007179 (RQEM = 0,1023, r = 0,7273ns e AIC = 1910,4788) para Cauchy. A aderência foi verificada em todos os ajustes realizados (p > 0,05), porém a função Weibull 2P exibiu os menores desvios. Conclui-se que a função Weibull se mostrou adequada para a estimativa da distribuição hipsométrica de fustes da família Fabaceae no entorno das nascentes estudadas.