Sistema Online de Conferências - IFMG Campus Bambuí, XIV Jornada Científica

Tamanho da fonte: 
BIOSSEGURIDADE EM FAZENDAS LEITEIRAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS
Clarice Freire, Camille Carvalho, Brenner Alves, Fernanda Coura

Última alteração: 2022-08-29

Resumo


O Brasil destaca-se por ser o 4° maior produtor mundial de leite, sendo a cadeia da bovinocultura leiteira de grande relevância econômica e social para o País e o Estado de Minas Gerais. Este trabalho teve como objetivo identificar as práticas de biosseguridade adotadas na bovinocultura leiteira no estado. Os dados utilizados foram coletados por meio de uma pesquisa eletrônica com 150 perguntas, no período entre os meses de janeiro e março de 2021, pelo Google Forms®. O trabalho até o momento obteve cinquenta e quatro fazendas respondentes de diferentes regiões de Minas Gerais. Em dezenove fazendas o proprietário ou algum funcionário da fazenda já participou de treinamento sobre biosseguridade ou prevenção de doenças dos animais; trinta fazendas possuem banheiro para uso de trabalhadores e técnicos que visitam a fazenda; vinte e nove fazendas realizam testes para  Brucelose e Tuberculose; em vinte e seis fazendas os veículos que entram na propriedade têm acesso a áreas onde os animais são criados; em uma fazenda os veículos que entram na propriedade são limpos e/ou desinfetados antes de entrarem na propriedade; quarenta e seis fazendas possuem e estão seguindo o calendário de vacinação; em vinte e sete fazendas existe um programa de controle de roedores; vinte e quatro fazendas isolam animais doentes dos animais saudáveis; em trinta e seis fazendas existe um espaço para descarte de carcaças; em quarenta fazendas as mãos são limpas e desinfetadas após a manipulação das carcaças; em quarenta e uma fazendas existe coleta e estocagem de esterco e em quatro fazendas o esterco é tratado; nove fazendas compartilham materiais como pistola de vacinação, equipamentos médicos veterinários, com outras fazendas; cinquenta e duas fazendas realizam a cura do umbigo após o nascimento e em dezoito fazendas cada bezerro tem seu próprio balde de alimentação e água. Implementar práticas de biosseguridade é um desafio necessário à bovinocultura leiteira, visando minimizar os prejuízos ocasionados por doenças infecciosas. No entanto, muito pouco se sabe sobre quais as práticas de biosseguridade são utilizadas no Brasil, pois, apesar de implementadas em diversas propriedades, a utilização e percepção dos pecuaristas em relação à estas práticas requer mais estudos, assim como nível de aplicação, a relação com índices produtivos e sociais e os principais motivos para a não adoção. Os trabalhos existentes são embasados em algumas doenças ou patógenos com o intuito de prever o nível de biosseguridade. Ademais, é necessário estudos que indiquem especificamente quais práticas são implementadas e quais não, e a sua relação com as características das propriedades, como tamanho e tipo de exploração. Ainda que produtores e técnicos conheçam o termo e entendam sua importância, sua utilização ainda é heterogênea e pouco estudada no país. Os resultados preliminares do estudo indicam que estas práticas de biosseguridade são realizadas em parte pelas propriedades, porém o trabalho irá investigar se há relação com o tamanho da propriedade e o tipo de exploração.

 

Palavras-chave: Bovinocultura; leite; prevenção; produção; saúde.