Sistema Online de Conferências - IFMG Campus Bambuí, XIV Jornada Científica

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DESENVOLVIMENTO DE MATERIAL DIDÁTICO ACESSÍVEL À DEFICIENTES VISUAIS PARA AULAS DE QUÍMICA EXPERIMENTAL
*Marco Antônio da Silva, Bruno Alberto Soares Oliveira, Meryene de Carvalho Teixeira

Última alteração: 2022-10-10

Resumo


A falta de materiais adaptados para estudantes que possuem deficiência visual minimiza a chance de abrangência dos conhecimentos, incluindo as ciências. Quando se fala na área das ciências logo pensa-se em laboratórios. Como um não-vidente pode ser inserido nesse ambiente completamente visual? Assim, dada essa questão, o presente trabalho teve como foco a problemática da inclusão de deficientes visuais em laboratórios de química e como objetivo a construção de um medidor de pH acessível a deficientes visuais. Dentre os diversos equipamentos e vidrarias presentes escolheu-se o medidor de pH por ser de extrema utilização não somente durante as aulas, mas também em laboratórios de diversas áreas. Foi considerado que com a criação de equipamentos de medição de pH de baixo custo, esses estudantes poderão ter um maior acesso e autonomia não somente às áreas de estudo, mas também uma abertura para campos de trabalho antes não almejados. O desenvolvimento do protótipo teve como módulo principal a plataforma arduino, em que seu desenvolvimento foi dividido em 9 passos, sendo eles a montagem de coleta de pH, a montagem do sistema de texto para fala, montagem do leitor de temperatura, montagem do menu, o acoplamento dos passos anteriores, programação do sistema de gerenciamento de dados, testes de consumo de energia e amplificador de som, escolha e montagem da fonte de alimentação, e, por fim, a montagem física do protótipo. Os resultados obtidos durante cada fase foram satisfatórios, sendo possível a medição do pH e a qualidade de áudio fornecida pelo sistema de texto para fala não necessitou de um amplificador de áudio. Além disso, foi possível a criação de um menu onde todas as funções de medição, calibração e a função de redefinição de fábrica foram vocalizadas. Foi adicionado um ajuste para volume no lado direito do pHmetro, no qual o não-vidente pode ajusta-lo. Por fim, o equipamento foi inserido em uma caixa de acrílico com dimensões 12x12x6cm, onde o equipamento pode ser guardado a fim de manter sua integridade e praticidade. Foram realizados testes de comparação entre o protótipo desenvolvido e o pHmetro do Laboratório de Análises de Solo, sendo os valores obtidos pelas leituras de pH entre os dois equipamentos considerados próximos e aceitáveis segundo Tabela de Valores para pH de solo do PROFERT. Os primeiros testes com os deficientes visuais foram realizados (CAAE 47207121.2.0000.5055) tendo sido considerados acessíveis pelos voluntários. Ao final do projeto espera-se que o equipamento seja utilizado nos laboratórios do IFMG Campus Bambuí e que ele possa facilitar a inserção de deficientes visuais, a multiplicação da ideia com a confecção de outros equipamentos, além de ser gerador de ideias para demais áreas disciplinares. Os autores consideram que será possível uma inclusão efetiva dos não-videntes em laboratórios com um acesso seguro, prático e autônomo.

Palavras chaves: Inclusão Educacional; Inclusão Social; pHmetro; Laboratório de Química; Arduino.

*Bolsista PIBIC - CNPq