Sistema Online de Conferências - IFMG Campus Bambuí, XIV Jornada Científica

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AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DA CADEIA PRODUTIVA DO QUEIJO ARTESANAL DA CANASTRA UTILIZANDO O LEITE A2
Carolina Arruda Leite, Carina dos Santos Celestino, Anderson Figueiredo de Carvalho, Raphael Steinberg da Silva, Gustavo Augusto Lacorte, Amanda Soriano Araújo Barezani

Última alteração: 2022-08-30

Resumo


Pesquisas recentes têm demonstrado que uma variante química da caseína do leite, a caseína A2, está associada com melhor digestibilidade e, principalmente, menor alergenicidade do leite quando comparada com a outra variante denominada A1 que, quando comparada ao leite A2, este apresenta maior valor agregado por não causar reações alérgicas em quem o consome. A identificação de leite A2 passa pela identificação das vacas portadoras do genótipo A2A2 e ordenha seletiva destes animais, cujo leite A2 pode ser utilizado para consumo direto ou como matéria-prima para a fabricação de derivados lácteos, como por exemplo na produção de queijos. Baseando-se nestas descobertas, uma forma de aprimorar o segmento de produção do Queijo Minas Artesanal por parte dos pequenos produtores da região da Serra da Canastra seria a produção do Queijo Canastra utilizando o leite A2, de forma a agregar maior valor ao produto e aumentar os ganhos dos produtores por peça de queijo produzida. Para isto, os produtores precisariam saber quais animais em seu rebanho têm aptidão para a produção do Leite A2 (portadoras do genótipo A2A2) para então realizar a ordenha seletiva para a produção do Queijo Canastra A2. O presente projeto tem como objetivo avaliar o potencial de produção de Leite A2 na região da Serra da Canastra, através da averiguação da proporção de animais de genótipo A2A2 na população dessa microbacia leiteira, constituindo portanto um diagnóstico de aplicação prática de curto e médio prazo para o arranjo produtivo do Queijo Canastra. Foram amostrados 100 animais utilizados na produção de leite voltada para a produção do Queijo Canastra em rebanhos de cinco empreendimentos. O DNA total das amostras coletadas será extraído a partir de amostras de 4 ml de sangue dos animais e a  genotipagem dos animais amostrados para o alelos A1 e A2 do gene da beta-caseína será realizada utilizando duas reações de amplificação independentes (PCR alelo-específico), uma para a triagem da presença do alelo A1 e outra para a triagem da presença do alelo A2. Os produtos de PCR serão submetidos a eletroforese em gel de agarose a 1,0% preparado com corante não mutagênico. A presença de uma banca inequívoca de 244 pares de bases no gel será considerada como presença do alelo no genoma do animal amostrado. Devido à pandemia por COVID-19 o projeto ficou inativado e foi retomado em fevereiro de 2022, no qual todas amostras já foram coletadas e estão em fase de extração de DNA. Os dados compilados serão repassados ao corpo técnico da associação de produtores e ao órgão de assistência rural local para assessoria dos produtores associados. Ao final espera-se obter uma estimativa da frequência de animais de genótipo A2A2 presentes em propriedades com rebanhos com composição genética típica de empreendimentos produtores de Queijo Canastra, servindo como base diagnóstica do potencial dos rebanhos para a produção de leite A2 para a produção de Queijo artesanal Canastra de maior valor agregado.

Palavras-chave: A2; Genotipagem; Leite; Marcadores genéticos; Queijo; Serra da Canastra