Sistema Online de Conferências - IFMG Campus Bambuí, XIV Jornada Científica

Tamanho da fonte: 
SUPLEMENTAÇÃO DE RAÇÃO COM SEMENTES DE PIMENTA ROSA (Schinus terebinthifolia Raddi) E SEUS EFEITOS SOBRE O DESEMPENHO PRODUTIVO DE FRANGOS DE CORTE.
Maria Isabel Ferreira Santos, Fernanda Moreira Camargo, Dienas Luísa Pereira, Lázaro Luan Miguel, Alda Ernestina dos Santos, Adriano Geraldo

Última alteração: 2022-10-05

Resumo


A proibição da utilização de antimicrobiano como promotor de crescimento (APC) nas dietas de frangos de corte é uma realidade, e uma possível alternativa seria a substituição por sementes de pimenta rosa (Schinus terebinthifolia Raddi) - propriedades antimicrobianas. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o desempenho produtivo de frangos de corte COBB 500 recebendo dietas suplementadas com sementes trituradas de pimenta rosa em substituição aos APC´s. Utilizou-se um delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos: ração com antibiótico (RA); ração controle negativo (CN -sem antibiótico); 1 kg de pimenta rosa(PR)/t de ração; 2 kg PR/t de ração e 3 kg PR/t de ração, respectivamente e oito  repetições (12 frangos machos/parcela, água e ração à vontade e 12 aves/m2), totalizando 480 aves.  Avaliou-se o desempenho nas fases de 1-7, 1-21, 1-35 e de 1-42 dias de idade: peso médio (PM), ganho de peso (GP), consumo de ração (CR) e conversão alimentar (CA). Utilizou-se o programa computacional SISVAR e o teste de contrastes ortogonais (comparação do tratamento com antibiótico com cada um dos tratamentos). Os resultados encontrados nas análises foram : PM 7 (kg). 0,199; 0,208; 0,205; 0,197 e 0,205. GP 1-7 (kg): 0,151; 0,160; 0,158; 0,149 e 0,157. CR 1-7 (kg): 0,160; 0,167; 0,167; 0,157 e 0,163. CA 1-7 (kg ração/kg de peso vivo - PV): 1,0661; 1,0481; 1,0622; 1,0707 e 1,0457. PM aos 21 (kg): 1,022; 1,030; 1,063; 1,027 e 1,079. GP 1-21 (kg): 0,974; 0,983; 1,016; 0,979 e 1,031. CR 1-21 (kg): 1,297; 1,374; 1,419; 1,333 e 1,362. CA 1-21 (kg ração/kg PV): 1,3325; 1,4055; 1,3970; 1,3623 e 1,3202. PM 35(kg): 2,286; 2,583; 2,566; 2,566 e 2,597. GP 1-35 (kg): 2,239; 2,536; 2,520; 2,518 e 2,550. CR 1-35 (kg): 3,551; 3,638; 3,834; 3,683 e 3,753. CA 1-35 (kg ração/kg PV): 1,5896; 1,4352; 1,5243; 1,4625 e 1,4719. PM aos 42(kg): 3,079; 3,296; 3,254; 3,173 e 3,357. GP 1-42 (kg): 3,031; 3,248; 3,208; 3,126 e 3,309. CR 1-42 (kg): 5,050; 5,228; 5,391; 5,231 e 5,262. CA 1-42 (kg ração/kg PV): 1,6653; 1,6100; 1,6828; 1,6761 e 1,5920. O PM 21 dias e o GP 1-21, somente diferiu para o tratamento com 3kg PR/t ração em relação as aves recebendo antibiótico, com maior peso para as aves recebendo a PR. Para o CR 1-21 dias maior consumo foi observado em aves recebendo a dieta CN e 1kg PR/t, em relação as aves que receberam antibiótico. O PM aos 35 dias, GP 1-35 e CA 1-35 foram melhores somente para aves recebendo a dieta CN e dietas suplementadas com PR em relação as aves recebendo RA (P<0,01). Já o PM aos 42 dias e GP 1-42 dias foram semelhantes somente para aves recebendo o tratamento 1kg PR/t em comparação ao antibiótico (P>0,05), para as demais comparações, aves recebendo RA tiveram maior CR e pior GP (p<0,01).Para as demais variáveis, não houve efeito significativo (P>0,05) dos contrastes. Conclui-se que frangos recebendo rações suplementadas com PR e sem APC´S (CN) apresentaram melhor desempenho produtivo em relação a aves recebendo RA.