Sistema Online de Conferências - IFMG Campus Bambuí, XIV Jornada Científica

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EFEITO DA SOLARIZAÇÃO NO CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS EM ÁREA DE CULTIVO COM OLERÍCOLAS
Brenda Rodrigues Silva Luz, Luciano Donizete Gonçalves, Isabela Gomes Torres, Stephâne Sant'Ana da Silva

Última alteração: 2022-10-04

Resumo


As plantas daninhas se destacam entre os fatores bióticos capazes de reduzir o rendimento das culturas de interesse, pois elas podem afetar a produção agrícola em decorrência das consequências negativas, como a competição por espaço, água, luz, nutrientes e efeitos alelopáticos. Existem diferentes alternativas para controlar as plantas daninhas, que incluem os métodos preventivo, cultural, mecânico, físico, biológico e químico. O manejo deve implantar meios diretos que impeçam a germinação e o desenvolvimento dessas plantas. Porém, essas medidas utilizadas isoladamente não são suficientes para eliminar toda a população. Predominantemente na contemporaneidade, o controle destas plantas se dá pelo método químico através do uso de herbicidas. No entanto, seu uso desenfreado pode ocasionar a contaminação ambiental (rios, lagos, e água subterrânea), a fitotoxidez das culturas sucessoras e a produção de alimentos com resíduos. Para o enfretamento destes desafios torna-se necessários a exploração de práticas de manejo sustentáveis e o desenvolvimento de novas tecnologias. Dentre os métodos físicos de controle, a solarização é uma das técnicas mais promissoras como alternativa ao controle químico. Trata-se de um processo hidrotérmico que consiste no aprisionamento de radiação solar mediante aplicação de filme de polietileno transparente sob o solo úmido, que fica exposto ao sol, durante meses de alta radiação, causando aumento da temperatura do solo.  O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes períodos de solarização do solo sob populações de espécies de plantas daninhas distintas. O experimento foi conduzido na área de produção de hortícolas do Instituto Federal de Ciências e Tecnologia de Minas Gerais – campus Bambuí sobre o Latossolo Vermelho-Amarelo. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com cinco repetições, sendo cinco períodos de solarização: 0 dias (testemunha), 20, 40, 60 e 80 dias. Após a retirada dos plásticos, todas as parcelas já descobertas foram irrigadas semanalmente até o fim do experimento. Passados 20 dias da retirada dos plásticos do tratamento cinco (80 dias de solarização) foi realizada a avaliação em todo o experimento, afim de determinar o número total de plantas daninhas, número diferentes de espécies e o número de plantas de cada espécie. Os dados das variáveis analisadas foram submetidos ao teste de análise de variância, utilizando o software SISVAR 5.6 ao nível de 5% de significância. Para as características que apresentaram diferença significativa, realizou-se o teste de regressão. Não houve diferença estatística entre os períodos de solarização para o número total de plantas daninhas. Para o número de espécies notou-se diferença entre os períodos de solarização, ou seja, o método é eficiente para algumas espécies e para outras não. Houve um decréscimo considerável de picão preto (Bidens pilosa) e leiteira (Euphorbia heterophylla) da parcela não solarizada para os demais tratamentos, visto que, a partir de 20 dias o controle dessas espécies já é efetivo. Para o trevo azedo (Oxalis latifolia) a solarização quando empregada por um período de 80 dias é extremamente eficiente.