Sistema Online de Conferências - IFMG Campus Bambuí, XIV Jornada Científica

Tamanho da fonte: 
DESENVOLVIMENTO DE SORVETE TIPO ICE MILK UTILIZANDO NA FORMULAÇÃO O LEITE E O DOCE DE LEITE DE BÚFALA
Jefferson Luiz Gomides, Alice Geovana Silveira Barreiros, Maysa Cristina dos Santos, Amanda Lays Alves, Sonia de Oliveira Duque Paciulli

Última alteração: 2022-09-29

Resumo


Consumidores que possuem Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) devem seguir dieta com exclusão do leite de vaca e seus derivados, devido a presença da 𝛽-caseína A1, responsável pela APLV. Por outro lado, o leite da espécie bubalina apresenta em sua composição a 𝛽-caseína A2, que não provoca reações alérgicas ao consumidor que possui APLV. Neste contexto, a utilização do leite de búfala na formulação de sorvete constitui uma diversificação da oferta do produto no mercado e uma alternativa para consumidores que possuem alergia ao leite de vaca. Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo desenvolver um sorvete tipo ice milk utilizando na formulação o leite e doce de leite de búfala. A matéria prima utilizada no desenvolvimento deste trabalho foi o leite de búfala adquirido em uma propriedade rural no município mineiro de Córrego Danta.  A composição centesimal do sorvete foi determinada indiretamente por balanço de massa, a partir da composição dos ingredientes utilizados fornecidos no rótulo das embalagens ou por tabelas nutricionais. O overrun foi obtido a partir do peso do sorvete, menos o peso da calda dividido pelo peso da calda multiplicado por 100. A análise visual foi realizada por três avaliadores, que descreveram características visuais do produto elaborado. A partir do balanço de massa foi utilizada a seguinte formulação: 76% (p.p) de leite de búfala, 8% (p.p) açúcar cristal comum, 15% (p.p) doce de leite, 0,5% (p.p) de emulsificante e 0,5% (p.p) de liga neutra. O Sorvete de doce de leite de búfala, apresentou teor de gordura de 7% (p.p), 4,4% (p.p) de proteína, 14,89% (p.p) açúcares, 15,34% (p.p) de sólidos não gordurosos do leite (SNGL) e 32% (p.p) de overrun, sendo classificado como Ice Milk. Pela análise visual, o sorvete apresentou estrutura cremosa e boa estabilidade térmica ao ambiente. Entretanto, a coloração e sabor precisam ser mais estudados, e uma vez que estes dependem do doce de leite incorporado, percebeu-se a necessidade de desenvolver formulação de doce específica para utilização em sorvetes. O overrun deve ser de, no mínimo, de 10% a 15%, portanto os resultados obtidos (32%) foram acima do mínimo preconizado na literatura. Conclui-se que, a substituição do leite de vaca pelo leite de búfala na elaboração de sorvete pode constituir bom potencial para desenvolvimento comercial, produzindo um sorvete de qualidade e características desejáveis.


Palavras Chaves: Alergênicos; Beta-caseína; Gelados Comestíveis; Proteína do leite.