Sistema Online de Conferências - IFMG Campus Bambuí, XIV Jornada Científica

Tamanho da fonte: 
ASSOCIAÇÃO ENTRE O ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL E A ESPESSURA DO COXIM DIGITAL NO DESENVOLVIMENTO DE ENFERMIDADES PODAIS EM VACAS LEITEIRAS MESTIÇA
Gabriella Moura Pereira (1)*, Rafaela Machado Carvalho (1)*, Isadora Carvalho Leite (1), Marcos Dias Meireles (1), Vinícius Silveira Raposo (1), Cândice Mara Bertonha (1)

Última alteração: 2022-09-29

Resumo


As afecções podais possuem elevada prevalência na bovinocultura de leite, podendo acometer 100% do rebanho. Estas enfermidades podem resultar em dificuldade de locomoção, queda na ingestão de alimento e consequentemente diminuição na produção de leite, além de prejuízos ao bem-estar dos animais. Estudos demonstram a influência negativa do baixo escore de condição corporal a qual possui correlação positiva com a espessura do coxim digital, com o surgimento de lesão podais. Podendo essa afirmação ser justificada pela perda da capacidade de amortecimento da pressão exercida pela terceira falange durante a locomoção pelo coxim digital, que se apresenta reduzida em situações de baixo escore de condição corporal. Diante de tais fatos, o projeto objetivou a verificação da relação entre o escore de condição corporal e a espessura do coxim digital no desenvolvimento de podopatias em vacas leiteiras mestiças criadas em sistema intensivo na Fazenda Varginha, no IFMG, Campus Bambuí. Até o momento foram avaliadas 29 vacas com peso médio de 553 kg e 3 de escore de condição corporal. Após a contenção em tronco adequado, os membros foram imobilizados para a realização da inspeção e palpação dos cascos, diagnosticando assim as lesões podais. Posteriormente realizou-se o exame ultrassonográfico para a mensuração da espessura do coxim digital, obtida pela distância entre a superfície distal da tuberosidade da inserção do tendão flexor digital profundo na falange distal com a borda interna do casco. Os procedimentos foram realizados nos quatro membros e os dados anotados em ficha específica, descrevendo o membro acometido (torácico e/ou pélvico), o antímero (direito e/ou esquerdo) e o dígito (lateral e/ou medial). Os resultados parciais do estudo indicam que a média de espessura do coxim digital dos dígitos torácicos (0,35 cm) foi superior à dos dígitos pélvicos (0,32 cm). E ainda, a espessura do coxim digital dos dígitos laterais (0,34 cm) maior do que dos dígitos mediais (0,32 cm), independente do membro e antímero. A média de espessura do coxim digital detectada (0,33 cm) nos animais avaliados, se encontra próxima a descrita na literatura, que descreve média de 0,32 cm. A menor espessura dos dígitos dos membros pélvicos encontrada condiz com a maior incidência de afecções podais nestes membros, pela diminuição do amortecimento, descrita na literatura. E ainda, a técnica de ultrassonografia para avaliação da espessura do coxim digital se mostrou aplicável e simples. Outros animais serão avaliados e após a finalização da coleta de dados, os mesmos serão avaliados utilizando o programa Sigma Plot 11.0, por meio do método de correlação de Pearson, com o propósito de se determinar a associação entre as variáveis avaliadas em nível de significância de 5%, tendo assim resultados mais fidedignos.

Palavras-chave: Casco; coxim digital; escore de condição corporal; podopatias; ultrassom.