Sistema Online de Conferências - IFMG Campus Bambuí, XIV Jornada Científica

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CULTIVO IN VITRO DE LÚPULO (Humulus lupulus Linn.)
Julimara dos Reis Oliveira Alves, Fernanda Carlota Nery, Fernanda Carlota Nery, Jober Condé Evangelista Freitas, Jober Condé Evangelista Freitas, Mateus Moreira Bernardes, Mateus Moreira Bernardes, Renato Paiva, Renato Paiva

Última alteração: 2022-10-03

Resumo


Lúpulo, cientificamente chamado Humulus lupulus Linn. é uma planta que por fornecer aroma e amargor à cerveja tem sua principal importância atribuída a indústria cervejeira. No entanto, as diferentes variedades desta planta tem ainda importantes aplicações benéficas à saúde, possuindo atividade antioxidante, atividade inibitória da reação gástrica inflamatória, além de tratar distúrbios relacionados a perimenopausa e menopausa, dentre outras. Como o lúpulo é uma espécie dióica com alta variação genética, a micropropagação torna-se uma interessante alternativa de produção permitindo que se produza em larga escala plantas geneticamente idênticas, com qualidade fitossanitária e livre de patógenos. Além disto, utilizando-se da técnica de organogênese indireta é possível a obtenção de compostos ativos específicos, extraídos nos calos, compostos estes que são equivalentes ou até mesmo superiores aos de plantas selvagens e podem ser melhor estudados quanto ao potencial medicinal. Este estudo pretendeu realizar uma breve revisão bibliográfica acerca dos protocolos de cultivo in vitro de H. lupulus já descritos na literatura, bem como estabelecer um protocolo de micropropagação utilizando segmentos nodais oriundos de plantas matrizes obtidas comercialmente a fim de promover o desenvolvimento de plântulas saudáveis e capazes de se estabelecer ex vitro, visando o fornecimento de mudas com qualidade fitossanitária e em grande quantidade. Inicialmente, realizou-se um trabalho de revisão de literatura com artigos de diversas fontes. Experimentalmente, foi feita a micropropagação de lúpulo utilizando 3,3 µM de BAP acrescido de 2,89 µM de GA3 em meio de cultura MS. 148 plantas foram testadas e avaliadas quanto ao número de brotações, número de folhas, altura das plantas, ausência ou presença de raízes e calos nas bases dos explantes. Por meio da revisão de literatura, pode-se observar que os trabalhos publicados permeiam entre as diferentes variedades de lúpulo, variando com relação ao tipo de fitorregulador e as concentrações estudadas em cada um deles. Os dados da micropropagação apontaram uma taxa de 13% quanto a presença de raízes in vitro, 85% de presença de calos na base e 87% de sobrevivência após a aclimatização. Concluiu-se, portanto, que é possível o cultivo in vitro de lúpulo com os fitorreguladores nas concentrações testadas.