Sistema Online de Conferências - IFMG Campus Bambuí, XIV Jornada Científica

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LEVANTAMENTO DE PLANTAS TÓXICAS PARA ANIMAIS DE PRODUÇÃO NO IFMG CAMPUS BAMBUÍ.
Luana Aparecida de Faria, Maria Eduarda Bastos Barbosa, Carlos Alberto de Carvalho, Ariane Flavia do Nascimento, Michelle de Paula Gabardo

Última alteração: 2022-10-10

Resumo


A pecuária é uma atividade de destaque na economia brasileira, gerando renda para grande parte da população. A intoxicação pelo consumo de plantas tóxicas é uma das causas de prejuízos significativos no setor pecuário. Os danos variam desde de perda na produção e potencial produtivo até descarte de animais e morte súbita. Muitos produtores acreditam que a intoxicação por plantas é a principal causa de mortes de animais a pasto, porém em muitos locais ainda pouco se conhece sobre a presença das mesmas e qual o impacto das mesmas na mortalidade de rebanhos. O objetivo do trabalho consistiu em realizar um levantamento das plantas tóxicas para animais de produção presentes no IFMG Campus Bambuí, sendo um projeto piloto para mais pesquisas na região. Para a pesquisa, foi percorrido a extensão do Campus e marcada a localização de cada planta identificada como tóxica segundo a literatura. As plantas identificadas foram o Cestrum laevigatum, popularmente conhecido como “coerana” ou “dama da noite”, o Nerium oleander (“espirradeira” ou “flor de São José”), o Enterolobium contortisiliquum (“tamboril”) e a Lantana ssp. (“chumbinho” ou “cambará”). O N. oleander (“orelha de macaco”) é uma planta cardiotóxica, já o C. laevigatum é uma planta hepatotóxica aguda. A intoxicação por E. contortisiliquum cursa com quadro de transtornos digestivos, fotossensibilização hepatógena e abortos, e a intoxicação por Lantana ssp com quadro de fotossensibilização. A N. oleander está sendo utilizada como planta ornamental em área de estacionamento. O C. laevigatum localiza-se na beirada de cerca perto de área de banhado, longe de pastagem. Já o E. contortisiliquum apesar de um exemplar estar localizado na área de pastagem, fica em piquete de baixa densidade e local mais afastado de cochos onde os animais permanecem, e os demais três exemplares encontram-se em áreas com construções, assim como um único exemplar de Lantana ssp. Lembrando que, o consumo dessas plantas se dá principalmente quando não há disponibilidade de forragem para os animais do local ou por motivos de quedas de galhos. No Campus, além de boa oferta de forragem, as plantas estão localizadas em regiões de difícil acesso aos animais, o que impossibilita o consumo pelo rebanho da instituição. Fato que é confirmado por não haver relatos de mortalidade de animais com sinais clínicos e lesões sugestivos de intoxicações por essas plantas no Campus. Sendo assim, não foi identificado riscos de morte de animais de produção no IFMG  Campus Bambuí pelas plantas encontradas.

Palavras-chave: Animais de produção; Patologia; Plantas tóxicas.