Tamanho da fonte: 

A vitamina D tem papel importante na saúde humana, principalmente na absorção de cálcio e fósforo. A fortificação de alimentos é uma estratégia interessante para garantir a ingestão adequada dessa vitamina, mas a sensibilidade do composto à luz, calor e oxigênio requer técnicas para manter sua estabilidade durante o processamento e armazenamento. Nesse contexto, as nanoemulsões surgem como uma tecnologia promissora para melhorar a estabilidade e a biodisponibilidade da vitamina D em produtos alimentícios. O objetivo deste estudo foi elaborar e caracterizar nanoemulsões contendo vitamina D em função do tamanho médio de partículas (nm), índice de polidispersidade (PDI) e potencial zeta (mV), além de quantificar a vitamina D durante um período de 15 dias (dia 0 e dia 15). Três nanoemulsões foram preparadas com diferentes relações mássicas de surfactante/óleo (SOR, 1:1, 1,5:1 e 2:1), e as médias de tamanho foram 282, 333 e 613 nm, respectivamente, que não diferiram estatisticamente (p>0,05). Os valores de PDI e potencial zeta foram 0,313 e 37,5 mV, 0,368 e 33,9 mV, e 0,473 e 33,2 mV (respectivamente SOR 1:1, 1,5:1 e 2:1), também sem diferenças significativas (p>0,05). Os resultados sugeriram que as três nanoemulsões apresentaram-se como sistemas estáveis devido ao tamanho nanométrico e elevado valor de potencial zeta (> |30| mV). A quantificação da vitamina D na emulsão foi realizada por espectrofotometria UV-vis e demonstrando que no 15º dia houve uma redução de aproximadamente 3%, sugerindo que a nanoemulsão manteve a vitamina estável durante esse período, um resultado promissor para a indústria de alimentos. A avaliação de estabilidade será mantida por 60 dias de forma a verificar a proteção oferecida pela nanoemulsão ao composto.