Última alteração: 2023-10-04
Resumo
O desperdício de frutas e hortaliças decorrente de perdas pós-colheita é um problema global. Estima-se que cerca de 30 a 40% da produção é perdida durante a manipulação, o processamento e a distribuição desses alimentos. Além disso, para manter a atratividade dos alimentos aos olhos dos consumidores, é essencial preservar características como cor, textura e sabor, bem como minimizar a contaminação por microrganismos. O uso de revestimentos comestíveis em frutas e hortaliças surge como uma estratégia nesse sentido, atuando como barreira contra elementos indesejados e fortalecendo a integridade dos alimentos. Outra abordagem promissora é a incorporação de óleos essenciais (OE) a esses revestimentos, devido às suas propriedades antimicrobianas e antioxidantes. Portanto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da aplicação de revestimentos comestíveis à base de amido de milho incorporado com cinamaldeído, o componente majoritário do OE de canela, na qualidade de morangos ao longo do tempo. Os morangos foram submetidos a diferentes tratamentos (controle-T0, revestimento com amido de milho-T1, e revestimento com amido de milho e cinamaldeído-T2) e armazenados à 5ºC por 12 dias. A perda de massa dos morangos foi semelhante em todos os tratamentos, indicando que o revestimento não afetou significativamente esse atributo. Na análise microbiológica, os morangos com revestimento contendo cinamaldeído apresentaram uma contagem de 2 ciclos logaritmicos menor de fungos e leveduras em comparação aos demais tratamentos. Pelo sucesso em inibir o desenvolvimento de microrganismos indesejáveis durante o armazenamento, essa abordagem pode ter implicações significativas na redução do desperdício de alimentos e na melhoria da segurança de alimentos.