Sistema Online de Conferências - IFMG Campus Bambuí, Seminário de Iniciação Científica (SIC) 2022

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DESAFIOS E APRENDIZADOS DE UMA INICIAÇÃO CIENTÍFICA NA GEOGRAFIA FÍSICA DURANTE E APÓS A PANDEMIA DA COVID-19
Guilherme Marcos Aarão

Última alteração: 2022-10-17

Resumo


Este trabalho tem como objetivo apresentar um relato de experiência do autor frente aos desafios e aprendizados da realização de um projeto de iniciação científica na geografia física, sendo em dois cenários diferentes, inicialmente de forma remota durante a pandemia da Covid-19, e posteriormente após a retomada das atividades presenciais nas universidades, devido o avanço da vacinação da população em geral. Pretende-se demonstrar as possibilidades de trabalho em cada contexto, as limitações, as vantagens e desvantagens, etc., destacando assim como um pesquisador em alguns momentos de sua carreira tem que articular com os recursos possíveis para fazer pesquisa e contribuir com a ciência. É importante ressaltar que a iniciação cientifica abordada neste estudo, é proveniente de um projeto de pesquisa intitulado “Mapeamento das áreas úmidas do alto curso do rio São Francisco: inventário, análise das lagoas marginais e avaliação da sua contribuição social e ambiental para o desenvolvimento sustentável”, o qual foi aprovado e financiado pela PRPPG do IFMG no edital 97/2019. Durante o período remoto, as atividades foram direcionadas para análises hidrológicas e estatísticas, sendo feitas a partir da sumarização de dados de uma série histórica (1977 a 2015) da estação hidromética Ponte do Chumbo, localizada no alto curso do Rio São Francisco, sendo possível assim compreender alterações do comportamento fluvial do rio neste trecho durante o período de 38 anos. Entretanto, na segunda parte do projeto, com a retomada das atividades dentro das universidades, foi possível planejar atividades práticas presenciais, dentre elas um trabalho de campo, o qual teve como objetivo o reconhecimento da área de estudo, além da coleta de amostras de geocoberturas, destinadas à análise de matéria orgânica e carbono. Sendo assim, na primeira etapa do projeto, realizada de forma remota, ocorreram alguns desafios, tais como a limitação da execução das tarefas de modo virtual, inclusive os encontros com os membros do grupo de pesquisa, etc., porém de uma maneira geral não houve problemas nessa primeira fase. Em contra partida, na segunda fase do projeto, com o retorno das atividades presenciais, inicialmente os trabalhos fluíram mais, os encontros foram mais produtivos, facilitando o planejamento das atividades, etc. Além disso, a realização do trabalho de campo foi indiscutivelmente superior a qualquer outra experiência ocorrida na primeira fase remota do projeto, pois, foi neste momento que foi possível visualizar conteúdos apenas vistos nos livros e artigos, tais como a visualização de afloramentos, o acesso ao interior das lagoas marginais, a análise dos processos morfogenéticos que originaram as paisagens e a formação do relevo, além das atividades antrópicas no entorno das áreas úmidas, propiciando assim adquirir conhecimento e maturidade perante os imprevistos que vieram acontecer. Dessa forma, pode-se afirmar que a experiência presencial foi muito superior ao período remoto, sendo assim fundamental ressaltar a importância de como é indispensável a realização de atividades práticas presenciais para o futuro profissional em geografia.

Palavras-chave: iniciação científica; pandemia da Covid-19; trabalho de campo; geografia física; Rio São Francisco.


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