Última alteração: 2022-11-09
Resumo
A presença dos cães de vida-livre, vítimas do abandono traz impactos para a saúde pública e para o ambiente em que se encontram. O campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) em Bambuí é um local onde comumente, cães de diferentes sexos e faixas etárias são abandonados. E, após se estabelecerem, formam agrupamentos, cujas relações ecológicas não foram ainda examinadas. A presente pesquisa teve como objetivo iniciar o estudo demográfico dos cães residentes no IFMG, campus Bambuí por meio de um censo, realizado durante o mês de março de 2022. Após a categorização do espaço em cinco subáreas, os cães foram identificados e distinguidos segundo suas características individuais, reprodutivas e sociais. Com a pesquisa foi possível demonstrar que atualmente, a população é composta por 26 cães, principalmente fêmeas maduras (65,38%), de porte médio, castradas e com escore corporal bom. A permanência junto a outros cães (50%) favorece o desempenho gregário e estimula a predação. A presença de cães jovens, não castrados (34,6%) pode ocasionar uma rápida explosão populacional cujas consequências sobre a demografia e a diversidade local são ainda desconhecidas. Porém, o compartilhamento das áreas com os alunos e servidores, coopera para adequação das condutas animais, sendo necessário, contudo, o apoio da gestão, de modo que a educação ambiental se associe às temáticas da guarda responsável e da saúde coletiva, nos componentes curriculares e nos fomentos de pesquisa.