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A uberização pode ser definida como uma nova forma de controle e exploração do trabalho mediada por softwares digitais, presente em aplicativos de delivery no qual entregadores trabalham de maneira semi autônoma, isto é, podem escolher seu horário de trabalho, mas ainda estão sujeitos aos protocolos dos aplicativos. Tratando-se de trabalho informal, nota-se a precarização do trabalho bem como a isenção de direitos trabalhistas, havendo o agravamento de tal quadro durante a pandemia. Sendo assim, a pesquisa objetivou analisar as demandas e percepções subjetivas dos entregadores antes e após a pandemia, usando de nuvem de palavras e busca de comentários nos apps do Ifood, Rappi e Uber Eats. Para tal, foi implementado um algoritmo em linguagem Python capaz de acessar a API da Play Store, capturar dados de avaliações feitas por entregadores de aplicativo e construir 11 nuvens de palavras, fazendo filtros por empresa e período. Após, foi feito um levantamento dos termos mais frequentes nas nuvens das palavras mais relevantes junto de avaliações reais dos entregadores a fim de embasar as conclusões interpretadas nos resultados. Ao final do estudo, percebeu-se que os entregadores, desde antes da pandemia, mantiveram as mesmas reclamações, em que falavam manifestavam estar insatisfeitos com seu trabalho pela maneira que expõem as suas ideias, sendo mencionadas a falta de segurança, desrespeito, falhas técnicas e casos de racismo. Após a pandemia, foram vistas reclamações sobre a redução na remuneração por corrida e piora nas condições de trabalho. Desse modo, concluiu-se que o trabalho dos entregadores de aplicativo - pela perspectiva dos mesmos, era precarizado, havendo agravamento da precarização durante a pandemia.