Última alteração: 2023-08-28
Resumo
Nos últimos anos, os gatos têm conquistado espaço nos lares brasileiros. Os felinos domésticos no país já atingem um total de 23,9 milhões, tendo um crescimento superior ao dos cães. Considerando esse alto índice de tutores de animais no Brasil, é preciso que essa população tenha certo conhecimento sobre os quesitos básicos de guarda responsável e bem-estar animal. Sabendo disso, uma ação que todo animal precisa passar é a vacinação, já que é o método mais eficaz e barato para o controle e prevenção de várias doenças infecciosas em animais. Apesar de ser um método de grande importância para prevenção de doença, a vacina para ter sua eficácia de proteção precisa ser armazenada de forma correta, vacinar na idade certa do animal, entre outros fatores. Desse modo, é preciso cuidado, atenção e conhecimento para que se tenha a garantia na eficiência da imunoprofilaxia dos animais. As vacinas consideradas essenciais são aquelas que todos os gatos devem receber, independente de quaisquer fatores externos, como onde este animal vive e os eventuais desafios de seu estilo de vida. Todos os gatos devem ser vacinados com as vacinas essenciais para que tenham proteção contra várias doenças que apresentam alta morbidade e ocorrem em todo o território brasileiro. Atualmente as vacinas essenciais para os gatos protegem contra Raiva, Panleucopenia (FPV), Rinotraqueíte (FHV-1) e Calicivirose (FCV). Destaca-se ainda que a vacinação busca promover, além do bem-estar animal, a saúde pública, diminuindo os riscos de transmissão de zoonoses à população, como a raiva. Diante do exposto, o presente estudo teve como objetivo obter maiores informações sobre como é realizada a vacinação, bem como o conhecimento do tutor quanto à necessidade e importância da realização dessa imunoprofilaxia nos felinos domésticos do município de Bambuí-MG, por meio de respostas aos questionários aplicados presencialmente e virtualmente. Com os dados obtidos, foi observado que 46,8% dos tutores levam seu gato para vacinar, mas não realizam com frequência; 27% afirmaram levar os gatos para vacinar com frequência; e 26,2% não vacinam seus gatos. Outro dado coletado foi sobre a idade de vacinação desses animais, sendo que 28,7% dos entrevistados levaram seus gatos para vacinar somente quando adulto; 28,4% levaram os gatos para vacinar desde filhote e continuaram realizando as revacinações periódicas; 25,2% não realizaram vacinações em seus gatos; pôr fim, 17,7% vacinaram seus gatos apenas quando eram filhotes. Avaliando os dados obtidos pela pesquisa foi possível perceber que há um grande número de tutores desinformados sobre o protocolo correto para seus animais, assim, percebemos que a desinformação sobre a vacinação de gatos precisa ser combatida com campanhas públicas de conscientização.