Morcegos apresentam grande variedade morfológica, o que reflete na diversidade ecológica e nos mais variados serviços ecossistêmicos prestados pelas espécies. Esses animais ainda estão sendo alvo de pesquisas na área da biomimética, com sua anatomia, voo ou sonar sendo utilizados para construção de robôs e equipamentos que visam solucionar problemas humanos. Minas Gerais está dentre os estados com a quiropterofauna mais diversa, e apesar da Região Metropolitana de Belo Horizonte apresentar uma elevada riqueza de morcegos, não há amostragem no município de Betim. Assim, o objetivo desse estudo foi inventariar a fauna de morcegos do IFMG, campus Betim, fazer intervenções com educação ambiental e confeccionar um produto na área da biomimética. Para amostragem dos morcegos foram conduzidas 10 noites de captura utilizando quatro redes de neblina (12x3m) que permaneceram abertas por quatro horas após o anoitecer. Os morcegos foram identificados e soltos, com excessão de alguns indivíduos que foram coletados para depósito na ­Coleção de Mamíferos da UFMG. Foram realizadas intervenções em educação ambiental tanto no instagram quanto presencial no projeto de extensão IFMG aberto. Na área da Robótica, o projeto objetiva a construção e programação de um robô móvel capaz de monitorar informações do ambiente por meio do uso de sensores ultrassônicos, mimetizando o comportamento dos morcegos. Essas informações serão utilizadas para realizar o mapeamento do ambiente. Outra implementação proposta é o escaneamento 3D de espécimes coletados para a impressão em uma impressora 3D, permitindo a exposição e manuseio do modelo para ampliar as formas de divulgação do projeto. Foram capturados 28 indivíduos pertencentes a cinco espécies da família Phyllostomidae. Uma sexta espécie da família Molossidae, Molossus molossus, foi capturada de forma ativa, sem uso de redes, próximo ao campus e então, foi incorporada à lista de morcegos. A espécie mais abundante foi Artibeus lituratus (14), seguida por A. planirostris (6) e Glossophaga soricina (5). Todas as espécies capturadas são comuns em ambientes urbanos e correspondem a outros estudos realizados em cidades mineiras. As postagens no Instagram tiveram muitas interações (60 a 100 curtidas) e atingiu um público de 228 seguidores. A intervenção no IFMG aberto consistiu em expor os morcegos preservados em bandejas para que os visitates pudessem ter um maiori contato visual com o grupo, e os alunos do projeto fizeram falas sobre a importância dos morcegos para o meio ambiente, visando a desmistificação do grupo. Um protótipo do robô móvel foi construído e está em fase de programação. Ele é capaz de realizar a leitura dos sensores e exibir em um display suas medições. O passo seguinte é a utilização dessas informações para a reconstrução do ambiente mapeado. Além de conhecer a fauna de morcegos do IFMG campus Betim, os dados obtidos sobre as espécies de morcegos subsidiou intervenções em educação ambiental por meio da divulgação científica em redes sociais e presencialmente, e, ainda está possibilitando a confecção de um robô imspirado no sistema de ecolocalização dos morcegos.