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A produção de soro hiperimune, de onde são obtidos os anticorpos policlonais para usoterapêutico, diagnóstico e em pesquisa, sempre teve importância tanto em medicina humana quantoem veterinária. Aproveitando-se da função fisiológica dos anticorpos em reconhecer e se ligar àdeterminadas moléculas contra as quais eles foram produzidos, eles podem ser utilizados tanto naprodução de soros terapêuticos quanto podem servir de reagentes/insumos em testes que identificamdiversas doenças humanas, animais e vegetais. Técnicas clássicas de imunodiagnóstico como ensaiode imunoadsorção enzimática em placas (ELISA), imunodifusão em gel de ágar (IDGA), imuno-histoquímica (IHQ) e imunofluorescência (IF) têm esse soro como fonte dos anticorpos primáriose/ou secundários utilizados em seus protocolos. No entanto, pesquisadores que utilizam anticorposcomo ferramentas de pesquisa e laboratórios brasileiros que fornecem os serviços de diagnóstico,dependem fortemente da importação desses imunobiológicos, na maioria das vezes como únicaopção de compra de empresas multinacionais, o que acarreta em onerosos custos, além de atrasarpesquisas, sendo comum a entrega de produtos fora da data de validade ou danificados por incorretotransporte. A fim de reduzir o problema da aquisição desses produtos, este projeto propõe aimplementação de um laboratório produtor de anticorpos policlonais dentro do próprio IFMG, comintuito de serem utilizados em pesquisas nas diversas áreas existentes dentro e fora do campus.Como fase 1 do projeto, foi desenvolvido o primeiro produto: anticorpo policlonal anti-IgG bovino.Este anticorpo poderá ser utilizado como reagente do teste de IDGA radial, que tem aplicaçãoprática na quantificação de anticorpos do colostro de vacas e soro e bezerros durante estudos detransferência de imunidade da mãe para a cria e deverá ser testado em estudos realizados comanimais do setor de bovinocultura de leite do IFMG/Bambuí.