Sistema Online de Conferências - IFMG Campus Bambuí, XIII Jornada Científica

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DIVERSIDADE DE BESOUROS COPRONECRÓFAGOS (COLEOPTERA: SCARABAEIDAE: SCARABAEINAE) COLETADOS COM ARMADILHAS PITFALLS NO IFMG – CAMPUS BAMBUÍ
Jaymess Duarte, Jeicilene Carvalho, Júlia Souza, Gabriel Jacques

Última alteração: 2021-10-20

Resumo


Os besouros copronecrófagos, popularmente conhecidos por “rola-bosta”, fazem parte da ordem Coleoptera, família Scarabeidae e subfamília Scarabeinae. Estes insetos têm papel fundamental na manutenção do equilíbrio ecológico, desempenhando papel fundamental na descompactação, aeração e consequente permeabilidade do solo, no ciclo de nitrogênio e na dispersão secundária de sementes atuando também, no controle biológico da praga pecuária Haematobia irritans, conhecida como mosca-dos-chifres. No Brasil há uma considerável fauna de espécies da subfamília Scarabeinae, sendo cerca de 726 espécies e 59 subespécies distribuídas em 63 gêneros. Na literatura científica são descritos inúmeros métodos de captura de besouros, onde o mais utilizado é a armadilha estilo “pitfall”. Em Minas Gerais, existem alguns estudos sobre a biodiversidade de besouros copronecrófagos, no entanto, não há nenhum tipo de trabalho descrevendo a fauna destes invertebrados dentro do IFMG – Campus Bambuí. Desta forma, o objetivo do presente trabalho é obter dados de biodiversidade e dominância dentro do IFMG – Campus Bambuí através de armadilhas estilo “pitfalls”. As coletas iniciais foram realizadas no mês de maio (outono) e de junho e julho (inverno), utilizando armadilhas espalhadas por 04 locais (curral, pasto próximo a lagoa, monocultura de Tectona grandis e área de cerradão entre a floresta e uma lagoa) que ficaram em campo durante uma semana em cada mês de coleta. No primeiro mês foram coletados 79 indivíduos, no segundo mês foram coletados 30 e, no terceiro mês, foram coletados 19, totalizando 128 indivíduos. Observa-se que no primeiro mês de inverno, houve uma queda de 62% na quantidade de animais capturados, em relação a coleta realizada no outono. Já na coleta de julho, houve uma queda de 76% da quantidade dos indivíduos. Além disso, é perceptível que com o avanço do inverno, houve uma mudança drástica no tamanho da edafofauna, transitando de uma maior presença de macrofauna no outono, para uma quantidade maior de mesofauna. Estas variações observadas no inverno, precisam ser confirmadas com as coletas realizadas na primavera e no verão, no entanto, acredita-se que esta modificação seja causada pela menor disponibilidade de alimento e pelas menores temperaturas existentes nestas estações. Os besouros estão em fase de identificação, mas, até o momento, pelo menos 15 espécies foram observadas, mostrando uma considerável variação de espécimes. Por fim, é importante relatar a forésia (relação ecológica) observada entre os besouros (> 0,5cm) e carrapatos. Trabalhos como este são essenciais para o levantamento faunístico de áreas consideradas chave para a manutenção da qualidade ambiental, no entanto, para análises estatísticas mais aprofundadas, faz-se necessário maior tempo de pesquisa para que todas as nuances existentes possam ser consideradas.

Palavras-chave: Biodiversidade; Edafofauna; Rola-bosta.