Última alteração: 2022-08-28
Resumo
A pimenta rosa (Schinus terebinthifolia Raddi) é uma planta de distribuição tropical e subtropical, sendo originária da América do Sul e nativa do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. S. terebinthifolia é largamente distribuída no território brasileiro, podendo ser encontrada em doze estados diferentes, incluindo Minas Gerais, já que é o fruto de uma aroeira muito comum no Cerrado. Na medicina popular brasileira, S. terebinthifolia tem sido amplamente utilizada para as mais diversas finalidades, tais como anti-inflamatória, antibacteriana e cicatrizante, dentre outras. Os frutos de S. terebinthifolia são ricos em óleos essenciais, de forma que os estudos fitoquímicos conduzidos com os frutos desta espécie são praticamente restritos à análise da composição de seus óleos voláteis. Visando contribuir para o conhecimento fitoquímico de S. terebinthifolia, este trabalho teve por objetivo avaliar o perfil químico preliminar dos frutos desta espécie. Para tanto, frutos de S. terebinthifolia foram coletados em área urbana do município de Bambuí e submetidos à maceração em álcool 70%. O extrato bruto foi então submetido à triagem fitoquímica por meio de ensaios fitoquímicos clássicos a fim de se identificar a presença das principais classes de metabólitos vegetais. Os testes revelaram a presença das seguintes classes de metabólitos: alcaloides, antraquinonas, compostos fenólicos, cumarinas, esteroides, flavonoides, proteínas e aminoácidos livres, taninos e terpenoides. Não foi detectada a presença de ácidos fenólicos, açúcares redutores, polissacarídeos, quinonas e saponinas. Os resultados obtidos na avaliação fitoquímica preliminar forneceram informações sobre as classes químicas que compõem o extrato hidroalcoólico dos frutos de S. terebinthifolia, e estão de acordo com trabalhos encontrados na literatura que relatam para os frutos desta espécie a presença de flavonoides, taninos, terpenoides, dentre outras classes de metabólitos vegetais. Os resultados obtidos neste estudo direcionam para novas investigações sobre a composição química do extrato hidroalcoólico dos frutos de S. terebinthifolia, o qual será posteriormente avaliado por técnicas analíticas, tais como a Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) e a Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas (CG-EM).
Palavras-chave: Extrato hidroalcoólico. Metabólitos secundários. Schinus terebinthifolia. Triagem fitoquímica.