Sistema Online de Conferências - IFMG Campus Bambuí, XIV Jornada Científica

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SUPLEMENTAÇÃO DE RAÇÃO COM SEMENTES DE PIMENTA ROSA (Schinus terebinthifolia Raddi) E SEUS EFEITOS SOBRE CARACTERÍSTICAS DE CARCAÇA EM FRANGOS
Fernanda Moreira Camargo, Dienas Luísa Pereira, Maria Isabel Ferreira Santos, Alda Ernestina Dos Santos, Larissa Faria Silveira Moreira, Wiliam José De Assis, Michelle De Paula Gabardo, Adriano Geraldo

Última alteração: 2022-10-17

Resumo


Os antibióticos utilizados como promotores de crescimento em rações para frangos de corte passaram a ser vistos como fatores de risco para a saúde humana, possivelmente devido ao surgimento de superbactérias resistentes. Objetivou-se com este trabalho avaliar o rendimento de carcaça e cortes comerciais (coxa, sobrecoxa, peito, dorso, asa, vísceras comestíveis, pés e gordura abdominal) e pH de peito e coxa de frangos de corte da linhagem COBB 500 alimentados com rações com diferentes níveis de inclusão de sementes trituradas de pimenta rosa (PR - Schinus terebinthifolia Raddi), que possue ação antimicrobiana, em substituição ao antibiótico. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Animais do IFMG, sob protocolo 05/21. O trabalho foi realizado no galpão experimental do IFMG - campus Bambuí-MG, utilizando-se um delineamento experimental inteiramente casualizado, com cinco (5) tratamentos (ração com antibiótico, ração sem antibiótico, ração com 1 kg de PR/t ração, ração com 2 kg de PR/t ração e ração com 3 kg de PR/t ração, e oito repetições (12 frangos machos cada  - 12 aves/m2), totalizando 480 aves.  As rações experimentais e água foram fornecidos à vontade. As rações foram formuladas de acordo com as recomendações de Tabelas Brasileiras para aves e Suínos (Rostagno, 2017). Após 12 horas de jejum, e aos 42 dias de idade, selecionou-se três aves para abate com o peso médio próximo a média da parcela (±5%). A pesagem da carcaça e cortes comerciais e determinação do pH da coxa e peito foi feita 24 horas após o abate e resfriamento das carcaças. Os dados das variáveis foram submetidos à análise de variância através do pacote estatístico SISVAR (Teste de contrastes para a comparação do tratamento com antibiótico em relação a cada um dos demais tratamentos). Os resultados encontrados das análises foram: carcaça inteira com pé e pescoço (%): 76,45; 78,39; 77,57; 77,24 e 76,55; rendimento de carcaça pronta para assar (RCPA - sem pé e sem pescoço - %): 69,65; 72,00; 70,93; 70,61 e69,89; peito (%): 34,32; 36,43; 35,96 e 36,22; coxa (%): 14,10; 13,59; 13,42; 13,45 e13,81; sobrecoxa (%): 15,35; 15,19; 15,14; 15,06 e 14,95; asa (%): 10,29; 9,93; 10,35; 10,26 e 10,39; dorso (%): 17,04; 16,71; 16,57; 16,33 e 16,35; moela (%): 1,41; 1,24; 1,21; 1,17 e1,17; fígado (%): 1,70; 1,67; 1,66; 1,64 e1,66; gordura abdominal (%): 0,927; 0,942; 0,939; 0,731 e 0,789; pH do peito: 6,1; 6,2; 5,9; 6,0 e 6,0; pH da coxa: 6,4; 6,4; 6,1; 6,2 e 6,2. O RCPA e peito apresentaram piores resultados (P<0,01) para as aves que receberam antibiótico em comparação aos demais tratamentos. O pH de peito e coxa dos tratamentos que receberam diferentes níveis de PR apresentou valores mais baixos em, comparação as aves que fizeram o uso de antibiótico (P<0,01). O rendimento de asa somente foi significativo para a comparação do controle negativo e antibiótico (P<0,05). Para as demais variáveis analisadas, não houve efeito (P>0,05) dos contrastes ortogonais propostos. Aves recebendo ração com antibiótico apresentaram os piores resultados para rendimento de carcaça pronta para assar e peito em comparação aos demais tratamentos com ou sem antibiótico.