Sistema Online de Conferências - IFMG Campus Bambuí, XIV Jornada Científica

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PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO NO CONSUMO FAMILIAR EM BAMBUÍ-MG: QUEM DECIDE, ARCA, COMPRA E CONSOME?
Maria Paula de Freitas Miranda Machado, Erik Campos Dominik, Myriam Angélica Dornelas, Ana Clara Tomaz, Gustavo Augusto Lacorte

Última alteração: 2022-10-03

Resumo


Esta pesquisa objetivou analisar o processo de tomada de decisão no consumo das famílias nucleares de Bambuí-MG. O estudo visou responder: quem decide o consumo de quais itens de despesa? Quem arca com eles? Quem compra e quem consome? O arcabouço teórico abordou sobre comportamento do consumidor; fatores que influenciam o comportamento do consumidor; família e consumo e processo de tomada de decisão do consumo. Foi realizada uma pesquisa descritiva e exploratória, com viés quantitativo, sendo utilizado o método Survey. A coleta de dados se deu por meio da aplicação presencial de 229 questionários semiestruturados (amostra com nível de significância de 95% e um erro de 6%). A unidade de análise foi a família nuclear composta (pai, mãe e filho), com pelo menos um dos cônjuges sendo o entrevistado. Os dados foram codificados e tabulados no Microsoft Office Excel 2016®, gerando gráficos e tabelas para a estatística descritiva. Em todos os lares pesquisados, foram encontrados um cônjuge do sexo feminino e outro do sexo masculino, condição básica para a pesquisa realizada, além de pelo menos uma criança. Foi observado um valor máximo de quatro filhos por família. Em 84,72% dos lares, existiam outros membros sem ser os que compõem o núcleo familiar. O percentual de pais com faixa etária acima dos 30 anos é ligeiramente superior ao das mães. Levando em conta todos os entrevistados, 93,89% dos pais possuem 30 anos ou mais, enquanto 90,83% das mães estão na mesma situação. Percebeu-se um aumento do percentual da faixa etária com o nível de renda. Com relação à escolaridade foi possível perceber que quanto maior o nível de renda, menores os percentuais nos níveis mais baixos de escolaridade e maiores os percentuais nos níveis mais altos de escolaridade. Com relação à renda, o maior percentual coube ao nível de renda B (mais de 2 a 3 salários-mínimos), com 44,54%. Em seguida, o nível de renda C (até 2 salários-mínimos), com 36,68%, e o nível de renda A (acima de 3 salários-mínimos), com 18,78%. Ressalta-se que 81,22% das famílias pesquisadas possuem renda de até 3 salários-mínimos. Na maior parte dos itens pesquisados, quem “decide” qual produto comprar é a mãe/esposa, com destaque para roupas femininas (83%) e roupas infantis (72,5), mas também nas categorias/itens eletrodomésticos e móveis (69,9%), artigos de supermercado (69,4%), educação (58,9%), brinquedos e jogos (57,9%) e saúde (54,3%). Na dimensão “arca”, o nível de influência se inverte para o pai/marido, com destaque para reformas e manutenção do lar, roupas masculinas e automóveis e motos, mas também em artigos de supermercado, eletrodomésticos e móveis, brinquedos e jogos, férias e viagens e educação. A mãe/esposa arca em maior parte apenas em roupas femininas. Os filhos mais velhos têm despesas em menor percentual, mas com destaque para educação, férias e viagens, automóveis e motos. O item que possui maior despesa conjunta são as roupas infantis. Na dimensão “compra”, a mãe/esposa é quem mais vai aos estabelecimentos. Na dimensão “compra”, o seu nível de influência é maior nos itens/categorias roupas femininas (79,5%), roupas infantis (71%), eletrodomésticos e móveis (68,1%), artigos de supermercado (62,8%), brinquedos e jogos (59,9%), saúde (55,4%) e educação (52,8%). Na dimensão “usa”, alguns itens possuem um nível já preestabelecido. Os itens com utilização mais conjunta, além de reforma e manutenção do lar, foram artigos de supermercado, eletrodomésticos e móveis, férias e viagens e saúde.



Palavras-chave: Comportamento do consumidor. Tomada de decisão. Consumo familiar.