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MUSEU DE ZOOLOGIA DO IFMG: UM ESPAÇO NÃO FORMAL PARA O ENSINO DE BIOLOGIA
Marcelo Augusto Filardi

Última alteração: 2023-07-27

Resumo


Bolsistas: Carlos Eduardo Alves da Silva; Valdeir Carvalho.

Coordenador: Marcelo Augusto Filardi

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG), São João Evangelista-MG

 

Resumo: A educação ambiental, reforçada nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, visa promover a conscientização pública para a preservação do meio ambiente. E um acervo institucional contendo animais taxidermizados mantidos em um ‘Museu’ é uma estratégia metodológica diferencial, mobilizadora e promissora para sensibilização coletiva, numa perspectiva instigante, construtiva e reflexiva sobre os impactos ambientais humanos. Utilizando-se da taxidermia, técnica que envolve a preparação e preservação de animais mortos para coleções científicas, pode-se constituir um espaço não formal de aprendizagem, como é o caso do “Museu de Zoologia” do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do IFMG|SJE, oferecendo recursos diversificados em diferentes graus de complexidade, problematizando contextos reais em relação aos espécimes ali expostos. O projeto, iniciado em 2020, já conta com sede própria em uma área construída de 112,6 m2 e um espaço externo total com mais de 1.300 m2, cercado por denso fragmento de Mata Atlântica. A perspectiva, portanto, é viabilizar cada vez mais a utilização do “Museu de Zoologia” como espaço não formal de educação ambiental conservacionista. De fato, o acervo com animais taxidermizados, se utilizado dentro do programa de disciplinas afins à temática (zoologia, evolução, ecologia, artes, museologia etc.) pode contribuir para a construção de um conhecimento mais contextualizado, transdiciplinar e reflexivo sobre os as ciências naturais e os impactos antrópicos ambientais, já que muitos animais ali expostos foram mortos por atropelamento acidental, envenenamento, eletrocussão ou, ainda, ataque de cães domésticos ou pelo próprio ser humano. Para viabilizar o projeto, equipes discentes de bolsistas e voluntários vêm dando visibilidade ao Museu para atendimento ao público institucional (cursos técnicos e superiores), bem como visitantes de instituições de ensino municipais e regionais, urbanas e rurais. Visitas guiadas conduzidas no “Museu de Zoologia” vêm contribuindo para o conhecimento da fauna taxidermizada, da diversidade animal e da importância ecológica de espécimes silvestres da Mata Atlântica ali preservados. São representantes silvestres taxidermizados da avifauna (aves), herpetofauna (anfíbios, répteis), ictiofauna (peixes) e mastofauna (mamíferos) distribuídos em nichos ambientalizados com ramagem ressecada, cipós e galhos secos dispostos em um teto colonial sem forro e um piso coberto por ramos, pedras e folhas secas em meio a tocos envelhecidos. Atualmente, está em andamento a identificação dos espécimes por seu nome científico e seu nome popular e, utilizando-se do código barramétrico bidimensional ‘Quick Response Code’ (QR Code), informações biológicas mais detalhadas estarão disponíveis na página do Curso de Ciências Biológicas (https://biologia.sje.ifmg.edu.br/), para cada animal taxidermizado (hábitos comportamentais, reprodução, grau de ameaça de extinção, distribuição geográfica, alimentação, importância ecológica etc.). Em julho de 2023, superou-se a marca de mais de 2000 visitantes desde a inauguração do Museu em março deste 2022. Este é o primeiro projeto envolvendo espécimes taxidermizados do Campus SJE, e pode marcar uma nova função social na Educação Ambiental para as escolas da cidade de São João Evangelista e toda a região.

 

Palavras-chave: Ciências da natureza; Ensino; Empalhamento animal; Taxidermia.