Sistema Online de Conferências - IFMG Campus Bambuí, Seminário de Iniciação Científica (SIC) 2022

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DIAGNÓSTICO MICROBIOLÓGICO DE MASTITE EM REBANHOS LEITEIROS NO ESTADO DE MINAS GERAIS
Vitória Hellen Sousa Pinheiro, Fernanda Morcatti Coura, Alline Morgana Silva Leite, Renison Teles Vargas

Última alteração: 2022-09-30

Resumo


A ocorrência de mastite em rebanhos leiteiros é uma das principais causas de prejuízo econômico nas propriedades. Dentre os microrganismos associados à doença, as bactérias são mais frequentes, seguidas por fungos, leveduras e algas. O objetivo da pesquisa foi descrever a frequência do diagnóstico desses agentes em amostras de leite, enviadas para um laboratório particular, localizado no sul de Minas Gerais, no período entre janeiro de 2020 e julho de 2021. Ao todo, foram processadas 9780 amostras compostas de leite, coletadas de todos os quartos mamários dos animais, oriundas de 151 propriedades mineiras. Das amostras cultivadas, 2961 tiveram ausência de crescimento de colônias e as 6819 restantes foram submetidas à cultura microbiológica padrão. Como resultado, foram identificados 15 patógenos diferentes, sendo 27,34% Staphylococcus Coagulase Negativa, 19,12% Staphylococcus aureus, 14,25% Streptococcus agalactiae, 12,3% Corynebacterium spp, 7,44% Bacillus spp, 5,19% Klebsiella spp, 5% Streptococcus uberis, 4,09% Escherichia coli, 1,95% Streptococcus spp, 1,63% Prototheca spp, 1% Streptococcus dysgalactiae, 0,41% Leveduras, 0,12% Hafnia spp, 0,12% Pseudomonas, 0,04% Serratia spp. Além disso, das regiões analisadas, constatou-se que a mais positiva para mastite foi o sul de minas, detendo 49,14%. Ademais, as amostras foram classificadas de acordo com os índices de precipitação pluviométrica anual do Brasil, sendo segregados em dois grandes grupos – período chuvoso e período de estiagem – o qual compreendem, respectivamente, de outubro a março e de abril a setembro. Logo, 3566 agentes foram isolados no período chuvoso, sendo 28,58% Staphylococcus Coagulase Negativa, 19,18% Staphylococcus aureus, 14,86% Streptococcus agalactiae, 11,69% Corynebacterium spp, 6,45% Bacillus spp, 5,89% Klebsiella spp, 4,15% Streptococcus uberis, 4,32% Escherichia coli, 1,99% Streptococcus spp, 1,23% Prototheca spp, 1,07% Streptococcus dysgalactiae, 0,39% Leveduras, 0,08% Hafnia spp, 0,11% Pseudomonas, 0% Serratia spp. Em contrapartida, 3259 no período de estiagem, sendo 25,98% Staphylococcus Coagulase Negativa, 19,06% S. aureus, 13,59% Streptococcus agalactiae, 12,97% Corynebacterium spp, 8,52% Bacillus spp, 4,43% Klebsiella spp, 5,93% Streptococcus uberis, 3,84% Escherichia coli, 1,91% Streptococcus spp, 2,06% Prototheca spp, 0,92% Streptococcus dysgalactiae, 0,43% Leveduras, 0,15% Hafnia spp, 0,12% Pseudomonas, 0,09% Serratia spp. Em suma, dentre os patógenos estudados, destacaram-se os Staphylococcus Coagulase Negativa, Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae e Corynebacterium spp. Conclui-se que o isolamento e a identificação desses agentes são de extrema importância para o sucesso do tratamento, controle e prevenção da mastite.

Palavras-chave: Mastite Bovina. Microbiologia. Bactérias. Algas.


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