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ANÁLISE ESPAÇO TEMPORAL DA EVOLUÇÃO DO MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS DA SUB-BACIA DO RIO PARÁ - MG.
Última alteração: 2022-09-22
Resumo
O risco eminente de uma escassez hídrica atualmente gera uma grande necessidade de cuidar e preservar este bem mineral, controlando seu uso e acompanhando as emissões de poluentes nas bacias hidrográficas do país. O IGAM, em 1997, iniciou o projeto “Águas de Minas”, com objetivo de monitorar trimestralmente a qualidade das águas superficiais das bacias hidrográficas mineiras. O resultado deste monitoramento é publicado online, com livre acesso á todos, permitindo, portanto, que a população mineira tenha acesso á este conteúdo e fique ciente da presença (ou ausência) de poluentes nas águas de seus rios. Este trabalho utilizou os dados disponíveis no Repositório Institucional do IGAM para acompanhar a evolução da densidade amostral dos pontos de coleta de dados para o monitoramento da qualidade das águas da UPGRH (Unidade de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos) SF-2, ou seja, a Sub-Bacia do Rio Pará, pertencente á grande Bacia do Rio São Francisco. Foram, portanto, selecionados os anos de 1998, 2008 e 2018 para tal analise, permitindo assim um bom intervalo temporal de monitoramento, que permita acompanhar a evolução das amostragens neste período. Os dados obtidos no repositório institucional geraram grandes tabelas, que puderam ser refinadas com ferramentas automáticas do Software Microsoft Office Excel, e que por fim, permitiram uma boa analise temporal-espacial dos pontos. No ano de 1998 o monitoramento contava com 10 pontos de coleta, em 2008 este numero chegou a 25 pontos, e em 2018 houveram 29 pontos amostrais. Nota-se que o aumento significativo no primeiro intervalo de 10 anos, reflete diretamente no processo de refinamento da malha amostral do projeto realizado pelo IGAM, visto que, no segundo intervalo de 10 anos, o crescimento da malha de pontos foi consideravelmente menor. O aumento na densidade da malha do monitoramento reflete a necessidade de novas informações com o passar dos anos, devido ao aumento do uso e ocupação no entorno da bacia hidrográfica, onde predominam grandes industrias, extrações de minérios (não metálicos), zonas urbanas e zonas rurais agropecuárias. O aumento da poluição nas águas também pode acarretar a necessidade de novos pontos, para investigação de sua origem, por exemplo. A manutenção de um monitoramento ambiental deve ser realizada constantemente, acompanhando sempre a evolução antrópica na área estudada. A disponibilização e divulgação destes dados para a população no geral, também é de suma importância, para que a população possa criar consciência da situação de sua região e assim, possibilitar a tomada de decisões a respeito da preservação do Meio Ambiente à sua volta. O diálogo entre órgãos públicos, órgãos ambientais, empresas de interesses privados e os habitantes de um município é indispensável para o cuidado e gestão do espaço e dos bens presentes ao redor. A informação se torna uma ferramenta indispensável para a preservação da água e manutenção da vida no planeta.
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