Última alteração: 2023-08-16
Resumo
O objetivo do presente trabalho foi avaliar a acurácia de modelos de regressão polinomiais para projetar o crescimento em diâmetro e calcular o tempo de passagem por classe diamétrica de fustes em um fragmento de Mata Atlântica em recuperação florestal. O trabalho foi conduzido em um fragmento de Mata Atlântica no município de São João Evangelista - MG, em área do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais. O inventário contínuo foi realizado aos 80 e 104 meses após início do processo de recuperação do fragmento de Mata Atlântica. A amostragem contemplou 9 parcelas permanentes quadradas de 20 × 20 m). As informações de incremento periódico anual (IPA, cm ano-1) em diâmetro foram utilizadas para os cálculos do tempo de passagem e idade relativa. Avaliaram-se três modelos de regressão polinomial (1º, 2º e terceiro grau) para a estimativa da média de IPA em função do centro de classe diamétrico (cm). Todas as equações geradas com intercepto nulo apresentaram homocedasticidade de resíduos pelo teste de Breusch-Pagan (p > 0,05). Os coeficientes dessas equações foram significativos pelo teste t (p ≤ 0,05). O modelo polinomial de terceiro grau ajustado exibiu os menores desvios (MDA = 0,70 e RQEM = 0,94). Para as ocasiões de manejo florestal sustentável policíclico com fins madeireiros, estimaram-se os ciclos de corte de, aproximadamente, 13 anos (159 meses) para o diâmetro mínimo comercializável de 20 cm. A idade relativa para os fustes alcançarem 5 cm de diâmetro foi de, aproximadamente, 4 anos (51 meses). Conclui-se que o modelo polinomial de 3º grau para a estimativa do incremento periódico anual é eficiente para cálculos relacionados ao tempo de passagem vegetal no fragmento em fase de recuperação florestal estudado. Neste fragmento, a estimativa do incremento periódico anual oscilou em torno de 1,26 a 1,99 cm ano-1 no intervalo de 5 a 25 cm de diâmetro.