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A indústria automotiva busca constantemente aprimorar os materiais utilizados na construção de veículos, visando alcançar a combinação ideal de resistência e leveza. Nesse contexto, os aços avançados de alta resistência (AHSS) têm se destacado como uma opção. Dentre os diferentes tipos de AHSS, os aços submetidos aos processos de têmpera e partição (Q&P) e os aços TRIP-assistidos por ferrita bainítica (TBF) têm despertado grande interesse. Os aços TBF apresentam um aumento no equilíbrio entre dureza e ductilidade devido à presença de uma matriz composta por ferrita intercrítica, bainita, martensita e austenita retida, o que provoca o efeito (TRIP). O presente trabalho teve como objetivo tratar isotermicamente um aço SAE 9254 nas temperaturas de 270°C e 340°C nos tempos de 5, 10,15 e 20 min. Além disso, buscou-se correlacionar esses resultados com a microdureza das amostras. Após tratamento isotérmico foi realizada a preparação das amostras utilizando lixas de alumina de diferentes granulometrias e pasta de diamante com grãos de diferentes tamanhos para o polimento. Em seguida, foram realizados ataques químicos na superfície das amostras utilizando o reativo Nital 2%, a fim de permitir a distinção dos constituintes do aço. Após o ataque químico, as amostras foram analisadas em um microscópio ótico para obtenção de imagens e observação dos diferentes constituintes presentes com o microscópio ótico metalográfico. Além disso, foi empregado um microscópio eletrônico de varredura (MEV) para uma análise microestrutural mais precisa e identificação dos constituintes presentes. Foi realizado ainda 20 testes de microdureza em cada amostra de forma aleatória para o cálculo de média e desvio padrão. Os resultados obtidos revelaram que, no tratamento isotérmico a 270°C, a microestrutura predominante consistiu em uma matriz de martensita com baixo volume de ferrita bainítica e uma presença mínima de austenita retida. Por outro lado, no tratamento isotérmico a 340°C, a microestrutura predominante foi composta por feixes de ferrita bainítica com filmes de austenita retida entre eles. É importante ressaltar que, devido à temperatura mais alta, não foram encontradas evidências de martensita na microestrutura do aço tratado a 340°C.A comparação dos resultados de microdureza revelou que as amostras tratadas a 270°C apresentaram valores mais elevados em relação às amostras tratadas a 340°C. Esse comportamento pode ser atribuído, principalmente, à maior presença de martensita nas amostras tratadas a 270°C, o que contribuiu para uma maior dureza do material. Os resultados deste estudo evidenciaram a influência crucial da temperatura e do tempo de tratamento isotérmico na formação da microestrutura e na microdureza do aço SAE 9254.