Sistema Online de Conferências - IFMG Campus Bambuí, XI Seminário de Iniciação Científica do IFMG - SIC 2023

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ANÁLISE DA PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA EM BAMBUÍ, MINAS GERAIS, BRASIL, ENTRE 2011 E 2021
Amanda Fonseca Couto, Larissa Nágila Novais, Michelle de Paula Gabardo, Carine Rodrigues Pereira

Última alteração: 2023-08-28

Resumo


A raiva é uma doença viral e letal para os seres humanos e animais, sejam domésticos ou de produção. É considerada uma zoonose endêmica e carente de medidas profiláticas no Brasil. O entendimento de suas vias de transmissão e de controle do agente patológico são necessárias para otimizar a prevenção desta enfermidade. Visando amplificar o entendimento da relação de transmissão da raiva para a população do município de Bambuí – Minas Gerais, objetiva-se caracterizar os atendimentos de profilaxia da raiva humana realizados no município entre 2011 e 2021, por meio da análise das informações das fichas de notificação de atendimentos antirrábicos humanos, do setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Município de Bambuí. Assim, contribuindo para a comunidade o entendimento de prevenção e controle da doença como um melhor planejamento da aquisição de vacinas e soros antirrábicos para a cidade e uma maior atenção das unidades básicas de saúde para as localidades onde os acidentes são mais relatados. Dentre as notificações analisadas no período de 2011 a 2022 foram observados 1277 casos de atendimentos anti-rábicos no município de Bambuí. Observou-se que dentre os indivíduos atendidos, 24 (1,9%) apresentavam menos de 1 ano de idade, 281 (22,0%) de 1 a 19, 433 (33,9%) de 20 a 39, 337 (26,4%) de 40 a 59 e 202 (15,8%) mais de 60 anos. A maioria das pessoas que procuraram atendimento se encontram na idade adulta, sendo que destes 716 (56,1%) são do sexo masculino e 560 (43,9%) feminino. Os tipos de exposição relatados foram principalmente mordedura [1045 (81,3%)], arranhadura [186 (14,6%)] e lambedura [67 (5,3%)], o que está muito associado às espécies agressoras reportadas: cão [1029 (80,6%)], gato [121 (9,5%)], morcego [22 (1,7%)] e herbívoro doméstico [14 (1,10%)]. Os tratamentos implementados para prevenir a ocorrência de raiva foram: vacina pós exposição [1040 (81,4%)], vacina pré-exposição [58 (4,5%)], soro associado a vacina [14 (1,1%)] ou nenhum imunógeno administrado [151 (11,7%)]. Conclui-se que dentre os resultados preliminares apresentados, no período do estudo foram expostos ao vírus da raiva principalmente indivíduos do sexo masculino, idade adulta, por mordedura ocasionada por cães, sendo a principal medida profilática adotada no atendimento, a administração de vacina anti-rábica pós-exposição em Bambuí.

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